FILOSOFIAS
CAMINHO CERTEIRO
Karate-Dô significa: Kara (vazio), Te (mão), Do (caminho), ou seja, caminho das mãos vazias. A este verdadeiro caminho a qual visamos buscar, encontram-se inúmeros obstáculos a serem transponíveis pelo indivíduo. O Do (caminho) a qual buscamos é CONHECER E DOMINAR A SI MESMO (EGO). O passo para chegar a este caminho está cheio de empecilhos ora por falta de confiança em si, ou pelo meio exterior ser mais forte (quando o Medo vem à tona), outras por negligência a nós mesmos e aos hábitos da sociedade, Uns desses empecilhos podemos citar: pessimismo, medo, sexo, drogas, alcoolismo, tabagismo, exibicionismo e muitos outros que corrompem o ser humano. Uns dos fatores que o ajudam a encontrar Meditação, positivismo, hábitos salutares para si (não vulgares), confiança, respeito à natureza e aos seus semelhantes, humildade, sabedoria, etc.
O Karate-Dô visa encaminhar o indivíduo à direção certeira, mas muitos o ignoram pensando que são fúteis. Os movimentos de golpes de Karate-Dô nos ajudam a compreender os nossos movimentos, ao nosso corpo e a nós mesmos. A cada movimentação perfeita de golpes significa que e a nós mesmos. A cada movimentação perfeita de golpes significa que a nossa mente está conseguindo dominar o nosso corpo para que haja o equilíbrio físico e mental. Devemos lembrar sempre que a Mente deve dominar corpo e não o corpo (ou meios exteriores) dominar a Mente.
Deus nos deu o Dom da Sabedoria, usar ou não a este Dom depende exclusivamente de nós. O ser Humano possui o Dom da Sabedoria, à medida que treinamos o Karate-Dô, nos questionamos, a saber, para que serve determinado movimento, porque é assim e não do outro jeito. Devemos sempre analisar os nossos atos e questioná-lo a estar certo ou errado, ao mesmo tempo para que serve. Às vezes executamos determinados golpes ou movimento sem ao menos ter a noção mínima do seu objetivo.
O Karate-Dô é tão complexo, que somente indivíduos de extrema forte vontade e capacitado é capaz entendê-lo em toda à sua essência, se levar anos para a busca dessa essência. O Karate-Dô não é somente socos e pontapés, luta (combate) como a maioria conhece-o. A prática “externa” faz com que conheçamos a “interna” e a “interna” explica o porquê da “externa”. Muitos dizem Mestres de Artes Marciais, por serem bons de Luta, mas isso não que dizer que seja um verdadeiro Mestre Marcial. Nós sempre questionamos o lado externo ao invés do interno. Para ser Mestre ou um professor qualificado é necessário ser completo tanto em plano físico como mental.
A luta (combate) em si faz parte do Karate-Dô, aonde iremos por em prática os golpes e o nosso preparo físico. Ë também na luta que ganhamos confiança e conseguimos dominar o Medo (um fator essencial para o desenvolvimento).
Na época dos lendários samurais, este só era considerado de alto nível quando superava a si próprio, libertando-se do MEDO DA MORTE, porque, somente assim, poderia empenhar-se num combate exatamente por não temer perdê-la (a vida).
A Filosofia ZEN, no Karate ensina ao praticante o sentido da modéstia, da idéia de justiça e de igualdade, portanto o espírito do BUDÔ, conseqüentemente o Karate é sinônimo de modéstia.
No Karate não existe antecipação, jamais se poderá alcançar uma técnica perfeita sem antes estar embutido nesta idéia. Para ser digno de um Mestre é necessário ter altos conhecimentos técnicos, físicos e mentais. Se ignorarmos a parte técnica, estaremos anulados a parte física e conseqüentemente a mental. Pois somente um indivíduo de altas qualidades mentais consegue executar um movimento com extrema técnica. Isto quer dizer que sua Mente opera o seu corpo com perfeição.
Se ignorarmos a parte física, estaremos anulado a parte técnica e a Mental, pois não teremos condicionamento físico adequado para executá-las e ao mesmo tempo permanecer em determinadas posições ou repetir grandes quantidades de golpes, ou mesmo manter a posição para a Meditação.
Se ignorarmos a parte Mental, estaremos eliminando a parte técnica e física e o mais importante do Karate-Dô. Pois aí estaremos executando movimentos “Vazios”, sem alma. Não teremos uma mentalidade forte e em pouco tempo desistiremos da prática do Karate-Dô. Pois espírito do Karate-Dô leva a desafiar a si mesmo. Mas sem ele até poderemos desafiar, mas não a conseguiremos vencer.
A prática do ZEN visa dar ao praticante de Karate-Dô e de outras artes um sentido de Honra, de autoconfiança, de Lealdade e Obediência.
O antigo Samurai aliava a sua técnica de luta a seriedade de um filósofo e a insensibilidade de um homem impassível, cheio de confiança. O samurai preconizava uma vida de rusticidade, cavalheirismo, desprezo pela Dor ou sentimento, respeito pelos Mestres, bondade pelo inferior e auxílio generoso às mulheres, às crianças e aos velhos.
“POR MAIS QUE NA BATALHA SE VENÇA UM OU MAIS INIMIGOS, A VITÓRIA SOBRE SI MESMO É A MAIOR DE TODAS AS VITÓRIAS”.
DIFERENTES CAMINHOS
O Karate é um complexo e emaranhado sistema, a qual nós temos que desvendar e conhecer a real verdadeira sobre este. Muitos o ignoram, e ao invés de tomar o caminho certo, por via das dúvidas percorrem o caminho errado. O Karate é um todo e não uma parte, por isso deve ser treinado todas as suas fases (Kihon, Idogeiko, Kata, Kumite, Sambom Kumite, Meditação, etc.). Cada parte tem um significado, a qual contribui para a formação do caráter do aluno praticante. Mas muito os desvirtuam estas partes treinando aquilo que lhe só é útil. Muitos ignoram e treina basicamente o Kumite, visando apenas à luta em si. Mas se seguirmos a este único caminho estaremos nos desvirtuando de sua imagem real que é o Karate-Dô. Pois sem fundamentos filosóficos a luta passa a ser as agressão brutal entre dois indivíduos. Para aqueles que não compreendem o Kumite, a sua formação passa a ser de simples emprego de conhecimentos de técnicas (para o seu auto aperfeiçoamento); para uma fase onde mostramos as nossas brutalidades, ignorância e sede de briga.
O Kumite visa o emprego na prática das técnicas aprendidas, o raciocínio rápido, condicionamento físico, concentração físico espiritual, agilidade, coordenação, e a perda do Medo, ou seja, você supera a si mesmo ante ao adversário. Mas, para um aluno mal informado onde julga que o Kumite é simplesmente onde aprendemos a brigar e a derrotar nossos adversários. Uma vez dominado o Medo, o indivíduo se torna arrogante e exibicionista, longe de ser um homem civilizado, culto e humilde.
Gichin Funakoshi (Pai de Karate Moderno) já condenava fazer campeonatos de Shiai Kumite, por esta imagem errônea se propagar entre os praticantes e o público em geral. O Kumite em si é importante, mas para o desenvolvimento deste é necessário um aspecto filosófico e psicológico para que tal erro não desvirtue a imagem do verdadeiro Karateca, pois o VERDADEIRO KARATECA LUTA PARA SE APERFEIÇOAR E NÃO APERFEIÇOA PARA LUTAR.
GARRA
Ao participar dos treinamentos de Karate, seu pensamento (espírito) deve estar voltado para este. Nunca devemos treinar com o espírito voltado para outras coisas, se assim o fizer o seu treinamento estará caminhando para outro sentido.
Executar movimentos somente por fazer, não se incorporando a ele, estará fazendo movimentos “VAZIOS” ou sem compreensão para tal finalidade. Movimentos “VAZIOS” são inerentes à prática do Karate. Se quiser fazer movimentos, procure uma Academia de Ginástica ou Similar. Movimentos “VAZIOS” nos mostra o quanto o indivíduo incompreende o verdadeiro sentido do Karate, na sua busca de um estado perfeito e harmonioso. Aos movimentos devemos incorporar; força, velocidade, impacto, espírito, Kiai, movimento do quadril, etc, O Kiai, além de liberar energia, alivia o Stress do dia a dia, trabalha a musculatura abdominal interna e faz com que você concentra ao treino, não desviando seu pensamento.
Se você treinar ao movimentos sem força e velocidade, comumentemente acostumará e sempre treinará assim. Não desenvolvendo os seus limites, pois mesmo antes de atingi-los irá interrompê-los.
Se treinar com Força e Velocidade, comumentemente acostumará a treinar forte, sendo assim desenvolverá e ultrapassará os seus limites e em momentos difíceis este treinamento lhe será válido, pois o demonstrará em forma de GARRA e PERSEVERANÇA. Pois se ultrapassou os seus limites, saberá de suas altas potencialidade de concentração de energia no seu corpo e em momentos mais árduos de sua vida, saberá sobressair vitoriosamente.
Neste teste, provavelmente poderemos determinar a descomunal força interna que existe em você, condicionada pela sua força mental (não se abatendo com os problemas ou meios exteriores).
GARRA – Forte interesse, disposição e persistência na execução de qualquer ato, entusiasmo, vigor, vibração.
O DESAPEGO
Desapegar é liberta-se da dependência psicológica e emocional que atas a fatos e objetos presentes em nossa vida diária. É preciso que entendamos que desapegar não é sinônimo de desistir ou abandonar. Não há mérito nenhum em desistirmos de alguma coisa em função das dificuldades e decepções que temos ao lidar com elas. O valor está em nos libertarmos de valores é hábitos que não tenham mais significação construtivas para nossas existências. E nem sempre é fácil nos desapegarmos de coisas que antes nos davam prazer e satisfações, para substituí-las por outras que sejam mais construtivas e harmoniosas para nosso desenvolvimento pessoal e para a realização das metas a que nos propusemos como nossa meta de vida. Livrarmo-nos de ambições e apegos inúteis é um ato de liberdade que nos dá a oportunidade de maiores realizações dentro das atividades que sejam construtivas para nosso auto – aperfeiçoamento. Desistência não significa desapego.
A pessoa que desiste, o faz por não conseguir entender satisfatoriamente a uma necessidade, ou por ter problemas e dificuldades em lidar com elas. A pessoa que desistiu não se desapegou. No íntimo ainda mantém o desejo de realizar certas coisas, mas não encontra dentro de si a determinação e a disciplina necessária para concretizá-la. Limita-se a submeter as suas inclinações e aos acontecimentos a seu redor que a arrastem a um vida infeliz e sem objetivo. Esse tipo de pessoa (mais comum do que pensa) sofre por sua incapacidade de fazer o que deve ser feito e por seu esmorecimento no cumprimento que é o seu dever. Se não criar em si mesmo a auto disciplina e o censo do dever, acabará por perder o respeito por si mesmo e passará a se desprezar, descambando para o terreno do vício e da preguiça terminando por destruir a sua própria vida.
JUSTIFICAÇÕES DA VIDA
À medida que vamos passando por diversas experiências durante nossa vida, adquirimos alguns conhecimentos e alguma experiência. Porém devido às nossas angústias e desejos, raramente vemos o que sabemos com os olhos honestos. Diante das decisões que nosso modo de vida impõe muitas vezes, estamos consciente do que temos a fazer, mas, decidimos fazer o oposto; se o oposto nos parece mais fácil. E depois de então termos cumprido com nossas obrigações ou de não termos feito o que era preciso, pedimos desculpas ou, o que é pior, nos justificamos! Nossa mente é nossa inimiga e nos apresenta opiniões e julgamentos para justificar o fato de agirmos inadequadamente. Praticamente não existe vício ou falhas de personalidade que não possam ser vastamente justificados por uma mente doentia e egocêntrica. Algumas vezes , quando nos dispomos a fazer um esforço real no sentido de nosso auto – aperfeiçoamento , acabamos por aumentar nossas inseguranças sugerindo a nós mesmos que o que estamos fazendo não é o direito. Algumas pessoas chegam ao ponto de se criticarem tanto que acabam retornando ao ponto de partida e negando a se enfrentarem. Desse estado de coisas resultam duas posições antagônicas: a primeira é o fato de ainda ignorarmos certas coisas e a outra é o fato de conhecermos certas coisas, mas temos certa incapacidade de admiti-las como fazendo parte da realidade que vivemos. Mesmo quando estamos vendo com clareza uma determinada situação, temos a tendência de interpretá-la em nosso próprio benefício e acabamos por tentar enganar a nós mesmos. Quando iniciamos algum esforço sistemático no sentido de modificarmos algum padrão de comportamento que sabemos estar em conflito com as nossas necessidades evolutivas. Muitas vezes somos tentados a esquecer o que sabemos e a ficarmos preguiçosos, voltando à mente a outros assuntos. A principal causa para esse modo de agir incoerente é o MEDO. O medo é a falta resultante de força interior. Esse medo toma conta de nossa mente de modo sutil, interferindo em nossa capacidade de avaliar as coisas com clareza. O medo é uma das mais poderosas armas do EGO para se proteger. Porque quando ocorrem sentimentos de Medo ou fraqueza, desistimos de enfrentar nossas próprias realidades ou a nós mesmos. Dessa forma mascaramos nossos verdadeiros sentimentos e pensamentos, de maneira a perder a autenticidade de nosso modo de pensar. E quando perdemos a autenticidade de nosso modo de pensar, agir, de olhar, de sentir, de falar, nada nos é autêntico. Essa hipocrisia mórbida acaba por nos envolver de tal forma que passamos a esconder completamente o que sentimos por nós mesmos e pelos outros, evitando a conscientização do fato de que estamos tão longe da verdadeira compreensão. Se alguém tiver a ousadia de sugerir que nossos EGOS estão assumindo o controle e que estamos desperdiçando nossas vidas, certamente encontraríamos inúmeras justificações e desculpas para a defesa de nossas atitudes. Mas, se num gesto de amadurecimento, através da prática da Yoda, da Meditação ou de qualquer outro método efetivo para despertar da consciência nos atrevermos a nos observar com atenção e sinceridade.
A percepção deste estado de coisas embora salutar, nem sempre nos leva às ações modificadoras. Tal fato ocorre porque nos sentimos esmagados pelas possíveis transformações que antevemos sobre nossas vidas se realmente tivermos a coragem de lançar fora as máscaras e assumir nossa posição real diante de nossas vidas. Teremos tanto a mudança que achamos mais fácil enfileirar a negar constantemente a necessidade de mudança – do que mudar.
O CAMINHO VEM A NÓS
Certamente você já ouviu um dístico popular que diz assim: “Quando Maomé não vai à montanha, a montanha vem a Maomé”. Quando começar a ocorrer em seu interior à mudança fundamental que os místicos costumam denominar de Senda espiritual, você perceberá a dificuldade de retornar a seu modo de vida anterior, mesmo que o deseje. Se você ainda não atingiu os primeiros efeitos dessa nova mudança fundamental não a perceberá mais , à medida que os atinja , ocorre uma mudança do caminho espiritual. Perceberá então que a mudança fundamental é aqui e agora – seja o que for que você esteja fazendo. Se não nos capacitamos a promover a revolução interior necessária para a mudança fundamental, mas temos alimentado essa perspectiva em nosso íntimo – o caminho virá a nós. Mesmo que você não se esforce para perceber que o sorvedouro do desejo e do apego lhe são destrutivo, suas próprias frustrações, mágoas e desapontamentos conduzirão a certa moderação e ajudarão a um novo ângulo no posicionamento diante da vida.
PRIMEIROS OBSTÁCULOS
Todos que se dedicam a mudança fundamental esbarram, no início desta busca com obstáculos que a seus olhos parecem grandes proporções. À medida que sua transformação interior atinja estágios mais elevados, você perceberá que estes obstáculos eram gerados por sua própria mente para tentar forçar sua desistência que a ela (Mente) não interessa na sua evolução espiritual. Você não deve desistir, não importa quais sejam os esforços de auto – aperfeiçoamentos a que tenha que se dedicar e não importam as proporções dos obstáculos que tenham que enfrentar. Se você desistir de enfrentar esses obstáculos agora, terá que enfrentá-los mais tarde – não poderá fugir deles, não poderá esquivar-se deles, não poderá justificar-se por não ter enfrentado.
VIVA AGORA!
Agora você mesmo tem tudo para agarrar sua vida com as próprias mãos e fazer dela o que quiser. A decisão será sempre à sua – se hesitar em dar o primeiro passo ou, se caminhar aleatoriamente para frente e para trás com indecisão, estará apenas desperdiçando seu próprio tempo. Lembre-se: O TEMPO NÃO PASSA O QUE PASSA É A SUA VIDA. Você precisa agora mesmo a encarar sua vida com honestidade. As pessoas estão sempre tentando proteger seus EGOS (auto imagem?) e esse é o hábito mais fácil de ser abandonado. O ideal seria que houvesse uma maneira de realizarmos a transformação interior sem que houvesse a possibilidade de ferir-mos o EGO, sem análise, sem raciocínio (outra vez a mente), sem mastigações mentais e sem que sentíssemos o impulso auto destrutivo de preservar. Lamentavelmente não é possível realizar a transformação fundamental sem que removamos as nódoas e as manchas que nos impedem de ter uma percepção límpida e real. Se você tiver uma vasilha cheia de água turva, notará que a menos que remova a sujeira que existe dentro dela, não importa que quantidade de água limpe lance sobre a turva, essa continuará sempre turva.
OLHAR DE COMPAIXÃO
As pessoas que convivem com alguns dos grandes místicos indianos (Rama Maharishi, Ramakrishna, Yogananda, etc…) notaram que todos eles tinham em comum um olhar de compaixão, porque percebem mais do que ninguém como as pessoas à sua volta estão desesperadas e exalta pelo constante apego e pelas angustiantes tentativas de agarrar todas as coisas que a vida lhes oferecem.
O URSO E O APEGO
Certamente você já ouviu dizer que os ursos destroem suas vítimas menores às patadas e dentadas, e seus adversários maiores agarrando-os, fincando-lhes as unhas nas costas deles e esmagando-os contra seu próprio corpo. Certa vez li a história de um lenhador do Canadá que foi surpreendido em seu acampamento por um imenso urso pardo e não tendo nenhuma arma, arremessou a chaleira de água quente que pretendia preparar o seu café. O interessante desta história; e que ao sentir a queimadura da água quente o urso que estava acostumado a agarrar suas vítimas, ao invés de arremessá-la longe se agarrou desesperadamente. Quanto mais lhe ardiam as queimaduras, mais ele agarrava à chaleira. As pessoas são exatamente assim! Sabemos que os apegos nos magoam e acabam por nos destruir, mas, cada vez mais nos agarramos a nossos egos. A maioria das pessoas não possui muita determinação em suas próprias vidas, não sabendo muito bem o que esperam dela e tendo apenas mesquinhas ambições pessoais, ânsia de satisfazer os próprios desejos, certo desespero para viver uma vida confortável, uma ânsia de ser feliz a qualquer custo – tudo isso temperado com muita excitação e sensualidade.
SOMOS CONSUMIDOS POR NOSSOS DESEJOS DA MESMA FORMA QUE A MARIPOSA É CONSUMIDA PELA CHAMA QUE A ATRAI. Você não percebe que suas ansiedades e apegos são incapazes de lhe proporcionar uma satisfação permanente, apenas lhe criam mais dor e dependência. É um círculo vicioso: o apego gera a DOR e a DOR faz com que nos agarremos mais ainda a nossos apegos (porque temos a ilusão de que eles nos dêem consolo).
O CHACHORRO DESDENTADO
No Tibete viveu o famoso monge Melaria possuidor de grandes poderes e grande sabedoria. Tão grande foram seus feitos, que até em línguas ocidentais podemos encontrar muitas obras a seu respeito. Certa vez Melaria foi visitado por um viajante que, espantado com seus grandes conhecimentos espirituais e pelo seu poder de levitação, interrogou-o sobre qual o principal obstáculo que impedia o homem de atingir a transformação fundamental. Laconicamente Milarepa atirou um osso a um cachorro desdentado que estava ali próximo e foi embora. O visitante não entendeu o gesto de Milarepa, porque não observou com atenção a reação do cachorro desdentado. O cachorro começou a roer o osso, mais como não tinha dentes, suas gengivas se feriram e sangraram. Sentindo o gosto do seu próprio sangue, começou a achar o osso suculento e saboroso, e passou a roer ainda mais vorazmente. Assim são as pessoas, apegam desesperadamente as coisa que agradam ao EGO e não percebem que esse EGO as destrói. E o que é pior, é que mesmo sabendo que existem atividades mais saudáveis do que os apegos, você continua a se mover nesse círculo vicioso e a deixar-se dominar pelo EGO.
CONHECIMENTO VEM DO SEU INSTRUTOR,SABEDORIA VEM DO SEU INTERIOR
Procure memorizar esse adágio, porque ele o lembrará de algumas grandes verdades. Em primeiro lugar ele o ensina que nenhum homem pode levá-lo mais perto da verdade. Mesmo que você conheça alguém incrível, uma pessoa correta, sábia, honesta e bem intencionada, ela não poderá levá-lo mais próximo da verdade. Ninguém ensina nada a ninguém. Nunca existe aquele que ensina, existe aquele que aprende. Procure recordar-se do seu tempo de escola; seu professor (ou professora) estava dando aula. Digamos uma classe de trinta alunos. Embora tivesse ensinando uma determinada matéria, mais da metade dos alunos certamente não estaria prestando atenção, da outra metade alguns simplesmente não conseguiram concentrar-se no que estava sendo ensinado ou não estaria se esforçando para entender, o restante estaria interessado em aprender e prestava bastante atenção ao que estaria sendo ensinado. Mesmo entre esses haveria alguns que não conseguiam entender por mais dedicado que fosse e por mais que se esforçassem por aprender. Isso tudo acontece porque o ato de aprender depende exclusivamente de nós e não daqueles que tentam ensinar-nos. A capacidade de aprender depende exclusivamente de nós mesmos e de mais ninguém. Evidentemente se unirmos uma autêntica vontade de aprender a um ensino didaticamente correto, ministrado por um professor competente, seremos capazes de aprender muito mais do que tentássemos apenas pelos próprios esforços. Mesmo o melhor professor e a melhor didática, não conseguem transmitir ensinamentos a quem não esteja disposto a aprender. Um conhecimento poderá ser transmitido de muitas formas desde que, estejamos disposto a aceitá-las, mas a sabedoria só chega a nós a partir de nossa vivência pessoal. Essa é a razão dos conselhos serem inúteis. Os conselhos são inúteis, porque não substituem a vivência pessoal. Aquilo que você aprende pela experiência você nunca esquece, mas o conhecimento que você adquire a partir dos outros , aprenderam , dispersam-se como as areias ao vento. Dentro de você está a Suprema Sabedoria. Cabe a si mesmo a tarefa de descobri-la e torná-la manifesta em seus atos. Ninguém poderá substituí-lo nesta tarefa mesmo que o tente desesperadamente.
A LENDA DOS DEVAS
Na Índia uma antiga lenda narra à seguinte história:
No princípio dos tempos de Brahma (o Deus criador da Trindade Hindu) reunir seu devas, entidades semi divinas, e propôs-lhes o seguinte problemas: disse o Brahma: – O homem está se tornando cada vez mais inteligente e é de se temer que algum dia atinja tal estado de desenvolvimento Mental que seja capaz de desvendar a grande verdade do Universo; para que isto não aconteça quero que escolham um lugar seguro em que possamos ocultá-lo, para que ele jamais o encontre. Um dos devas sugeriu que a verdade suprema fosse enterrado bem no fundo da Terra, mas Brahma não aceitou a idéia, alegando que o homem desenvolveria uma tecnologia que seria capaz de atingir qualquer ponto na Terra. Outro deva aconselhou que a verdade suprema fosse oculta nas profundezas do oceano. Mas Brahma lhe disse que o homem evoluiria tanto que faria embarcações capazes de devastar os mais profundos mares. O terceiro devas fez ver que o ideal seria esconder a Suprema Verdade na lua, pois assim estaria bem longe do alcance do homem, mas mais uma vez Brahma respondeu que o conhecimento técnico do homem seria tal que fabricaria naves espaciais capazes de atingir facilmente o satélite da lua. Outro devas considerou então já que o homem seria tão capaz mentalmente que geraria máquinas poderosas capazes de levá-los até a lua, então o único recurso seria esconder a Verdade Suprema entre as estrelas nos confins do Universo. Mas Brama concluiu que a evolução do homem lhe permitiria ir até os confins do Universo e que só haveria um lugar suficientemente seguro para esconder do próprio homem. E escondeu-adentro do próprio homem.
SEU PRÓPRIO CENTRO
Sem dúvida Brama teve grande Sabedoria em esconder a Sabedoria Suprema dentro do próprio homem; não porque seja difícil encontrá-la, simplesmente porque o homem a procuraria em todos os lugares exceto dentro de si mesmo. Tudo que há de fundamental dentro da Espiritualidade e da Sabedoria está dentro de nosso coração. Não precisamos perguntar a ninguém sobre o que é certo ou errado, sabemos a resposta a essa e a outras perguntas se nos voltarmos para nosso interior. Quando concentramos nossa atenção no centro de nós mesmos, encontramos nosso Mestre. A esse centro espiritual, as diferentes culturas chamam de muitos nomes, mas adotamos o termo “EU” para simbolizar a natureza real do nosso ser . Em contrapartida, quando nos referimos ao estado de percepção ilusória que faz com que nos vejamos como uma personalidade separada do todo que nos cerca a denominamos “EGO”.
OS OBJETIVOS DO HOMEM
Conta-se que em certa época viveu um homem que tinha grandes objetivos na cabeça, mas que não via a oportunidade para colocá-lo em ação.
Quando era garoto esse homem pensava:
– Vou fazer uma grande obra que deixará marcada minha passagem por este mundo, mas agora tenho que trabalhar para ajudar meus pais e não tenho tempo, quando entrar no ginásio eu o farei.
Aí ele entrou no Ginásio, mas os estudos se complicaram e ele pensou:
– Agora não tenho tempo porque tenho muita matéria para estudar, mas quando entrar para a faculdade o mundo virá o que sou capaz.
Os anos se passaram e ele entrou na Faculdade, mas as atividades acadêmicas, as dependências em certas matérias, o convívio com os colegas fizeram-no pensar:
– Bom, ainda não deu, mas assim que me formar tomarei todas as providências necessárias para a realização de meus objetivos.
Ele se formou, mas viu envolvido no torvelinho da vida, casou-se com uma colega de faculdade e teve de arranjar um bom emprego. Pensou:
– Logo que consiga comprar minha casa já terei disponível para a grande tarefa a que me propus.
Mas, mal acabou de comprar a sua casa, surgiram os filhos e os problemas típicos da vida familiar, o tratamento dentário da esposa, contas a pagar aumento do custo de vida, salários que nunca sobem o proporcional à inflação, etc.
E ele pensou:
Não tem jeito mesmo, vou ter que por de lado meus objetivos até que as crianças cresçam, enquanto isto estarei adquirindo experiências e mais tarde poderei realizá-los plenamente.
Mas depois que as crianças se tronaram adultos vieram às noras e os genros, os netos, aumentaram as atividades em família e o tempo disponível se tornou ainda mais exíguo.
E o homem mais uma vez pensou:
– É, parece que ainda não é desta vez, mas quando me aposentar terá todo o tempo do disponível para fazer tudo o que desejar.
Mas, mal se aposentou aquele homem morreu…
FILOSOFIA DO SUCESSO – by Napoleon Hill
Se você pensa que é um derrotado,
você se tornará um derrotado,
Se não pensar, quero a qualquer custo,
Não conseguirá nada.
Mesmo que você queira vencer,
mas pensa que não vai conseguir.
A vitória não sorrira para você.
Se você fizer as coisa pela metade
você será um fracassado.
Nós descobrimos neste mundo,
que o sucesso começa pela intenção da gente,
E tudo se determina pelo nosso espírito.
Se você pensa que é um malogrado
você se torna como tal.
Se você almeja uma posição mais elevada
Deve antes de obter a vitória
Dotar-se da convicção de que conseguirá infalivelmente.
A luta pela vida, nem sempre é vantajosa
aos fortes, nem aos espertos.
Mais cedo ou mais tarde
Quem cativa a vitória é aquele que crê plenamente:
“EU CONSEGUIREI”